terça-feira, 13 de julho de 2010

Soneto da Separação



De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se espuma
E das mãos espalmadas fez-se espanto


De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama


De repente não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente


Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente não mais que de repente.


Vinícius de Moraes

2 comentários:

  1. CILELÉLA - A GAROTA DO BLOG, diz:

    amiga to doida pra postar um comentario no soneto de vinicios que vc escreveu mais nao sei porque nao consigo completar ,na hora que vou enviar nao aparece direito o codigo para postar ...e ai nao conseguimais vou postar aqui o que achei ok,quem sabe outro dia consigo
    Vinicios é tudo,tudo,tudo para mim.tem estado comigo em momentos tão inesqueciveis.significa uma boa parte do que vivi um dia...com alguem e desses sonetos e poemas sobreviveu esse que vc escreveu e um em especial tbm, que é o "SONETO DO AMOR TOTAL"ESSE COM CEREZA FOI O MEU MOMENTO TERMINANDO COM ESSE LINDISSIMO QUE VC POSTOU!AI,AI,AI LEMBRANÇAS...AMEI AMIGA!:)
    beijos amiga

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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